Sou raio-que-o-parta
Sou pássaro trovejante
Cacos partidos em mil cores pelas ruas do Umarizal
O raio de iansã pariu o verbo e o verso que ecoa de minha voz
Cada caco desse despedaçado
Foi quem me fez ser o que sou
Portanto, não me venha falar de prudência
Sou o tal risinho modernista arranhado na garganta
Sou batuque
Sou marimbondo no teu corpo, sinhá
Fui eu quem pegou onda com Mário de Andrade na praia do Chapéu Virado
Sou o escapulário feito de palha da Costa e figa da Guiné
Vem vambora segurar na mão invisível de Oswald de Andrade
E rezar em três línguas, e devorar essas línguas num assado de panela:
Na Amazônia de cada dia
Dai-nos, senhor!
a poesia de cada dia

Danielle Fonseca, Belém setembro de 2021

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